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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Lazer (trecho de minha monografia)

O ensino do lazer, em muitos momentos, consiste em desaprender conceitos socialmente incorporados ao longo da vida por sistemas que consideram perigosos os resultados obtidos em momentos de lazer, por práticas lúdicas, por exemplo.
Nesse sentido, tem-se Oliver (2009) que apresenta a dicotomia existente entre dever e prazer, descrevendo a forma como incorporamos tais conceitos desde a infância, onde o dever vem sempre em primeiro lugar, como o responsável pela manutenção das estruturas sociais, sendo que o prazer, pelo contrário, seria perigoso à “paz social”. A autora também escreve acerca da quebra da lei natural pela cultura que, segundo a mesma, se mantém através da ideologia.
Ao citar Marcellino (1990) e Althusser (1980), Oliver (2009) argumenta que o ser humano, ao ingressar na escola, deixa o aparelho ideológico da família para integrar outro grupo onde o dever passa a permear as relações de uma maneira um pouco distinta, sem a afetividade presente na família. Neste grupo, não sobra espaço para manifestações espontâneas, lúdicas, as quais acabam ficando reservadas para os momentos em que a criança estiver fora da escola e livre de suas tarefas escolares.
A autora denomina esse processo de transmissão de valores hegemônicos (pela família e pela escola) de “conformação social” e critica a metodologia adotada pelas escolas onde o aluno é preparado somente para “o amanhã”, atitude esta que se estende pela vida adulta, fazendo com que as pessoas sempre adiem os momentos prazerosos para um futuro que “nunca chega”. Tal afirmação pode ser exemplificada por Marcellino ao denunciar que:
[...] o caráter social requerido pela produtividade confina e adia o prazer para depois do expediente, fins de semana, períodos de férias, ou, mais drasticamente, para a aposentadoria.”(MARCELLINO, 2009, p.20).

Fonte: Ferreira, Verônica da Silveira.As práticas de lazer dos moradores de Cerrito Alegre, 3. distrito de Pelotas / RS. / Verônica da Silveira Ferreira ; orientadora :  Dalila Müller. – Pelotas, 2010.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

O caminho da sabedoria

O caminho da sabedoria?
É simples:
Errar.
E errar.
E errar novamente.
Mas menos.
E menos.
E menos.

(Piet Hein)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Sobre atendimento ao público

Penso que cada pessoa, ao menos uma vez na vida deveria passar pela experiência de ter de servir aos outros para aprender a valorizar o trabalho daqueles que o servem. Na teoria é muito simples: o serviço ao ser requisitado deve ser feito sem erros e muito rapidamente. Na prática, no entanto, nem sempre isso é possível, pois depende muito dos equipamentos disponibilizados e do tipo de pedido a ser atendido. Ao tratar-se de comida, existe um tempo necessário para que fique pronta e ao tratar-se de um pedido onde existe uma imensa fila de outros pedintes, é necessário saber esperar... Por mais que o atendente seja um excelente profissional, é humano e como tal incapaz de atos heróicos, está sujeito a erros e estes normalmente merecem um pouco mais de tolerância do que recebem. Não estou dizendo que o serviço não deva ser ágil e de qualidade e sim me referindo a exigências descabidas de quem não conhece as limitações de quem o atende.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Paciência

Composição : Lenine e Dudu Falcão
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...

Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para...

A vida não para...